segunda-feira, 1 de julho de 2013

Cuidados com o telhado são essenciais na época das chuvas

O período de chuvas já começou e com ele surge a necessidade de maiores cuidados com o telhado. É ele que protege a estrutura do edifício e, mesmo assim, muitas vezes só é lembrado quando os estragos aparecem.
O engenheiro e proprietário da construtora Consesa, José Renato Malta de Lima, explica que o principal risco que telhados mal-cuidados geram são as infiltrações. Elas estragam paredes e comprometem a construção, além de prejudicarem o aspecto visual do prédio. “A manutenção periódica é fundamental, para evitar que haja vazamentos no telhado”, diz ele.
Do mesmo modo, outra dor de cabeça pode ser evitada com a conservação. É que, à medida em que o tempo passa, fica mais caro consertar um telhado em mau estado. De acordo com José Renato, o reparo pode sair até cinco vezes mais caro que a manutenção. “A madeira vai ficando podre com as infiltrações e é necessário trocar”, explica.
Além das telhas, também é importante verificar o estado das calhas e rufos. José Renato afirma que, apesar de serem galvanizados, portanto resistentes, pode haver desgaste e, com isso, aparecerem ferrugens, que furam as emendas e favorecem os vazamentos. Também é preciso deixar as calhas sempre limpas, para impedir que o acúmulo de sujeira possa entupi-las em prejudicar a vazão da água.
Para as obras de reforma do telhado são utilizados os recursos do fundo de reserva do condomínio ou então é feito o rateio das despesas entre os condôminos proprietários, decidido em assembléia extraordinária. Porém, antes de se iniciar as obras, é necessário descobrir o que causou o problema. Walter Paulo Luehring, proprietário da administradora Exata, diz que há ocasiões em que o defeito já vem da construção do edifício e que nestes casos, a obrigação de consertá-lo não é do condomínio. “Se o problema acontecer dentro de cinco anos da construção, a responsabilidade é da construtora, desde que se detecte o erro de construção”, esclarece.
Para que o telhado fique conservado o maior tempo possível, o cuidado com os materiais também deve ser observado. É importante se certificar da qualidade dos produtos que são comprados. “O síndico deve procurar lojas que têm tradição e prestar atenção nas marcas”, comenta José Renato.
Coberturas- No caso de prédios com coberturas, o caso é um pouco mais complexo. Isso porque, quando o acesso é exclusivo do proprietário da unidade, ele é o responsável, não só pela manutenção periódica do telhado, como também pelos reparos que devem ser feitos em caso de algum estrago, inclusive em outro apartamento que apresente infiltrações ou defeitos decorrentes.
Por este motivo, o advogado especializado em direito condominial, Christianno Inácio, recomenda muita atenção na hora de comprar uma cobertura. Consultar o síndico antes de adquirir a unidade é uma boa alternativa para evitar surpresas desagradáveis. “Falar que comprou com defeito não é desculpa. Mas, depois de indenizar quem está sendo prejudicado, o proprietário pode entrar na Justiça contra o vendedor do imóvel”, afirma ele.
Outra dica é detalhar no contrato de compra e venda as reformas que devem ser feitas antes da mudança e que podem ser atestadas através de uma vistoria.
Já quando a cobertura é área comum do condomínio, como por exemplo um local de lazer, a responsabilidade pela manutenção e reparos é do condomínio, devendo ser as despesas rateadas por todos os proprietários.
Jornalista e colaboradora do Jornal do Síndico e da Folha do Síndico


FONTE DE  PESQUISA:  JORNAL DO SINDICO
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